Manifesto em defesa da educação superior

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Nos últimos tempos, as universidades públicas foram duramente atacadas, tendo os investimentos em ensino, pesquisa e extensão reduzidos. Não somente os serviços foram atacados, mas quem opera os serviços teve seus direitos retirados.

Recentemente o Governo Federal emitiu diversas declarações com um discurso negativo, visando objetivar o espaço acadêmico como um espaço de balburdia, algazarra e anarquia, algo totalmente fora do seu principal objetivo de ensino, pesquisa e extensão.

No entanto, aqui na Paraíba, a sua Universidade Estadual também foi vista como um peso pelos gestores, um gasto desnecessário que deveria ter seu orçamento reduzido, sua autonomia desmontada e sua imagem desmoralizada perante a sociedade.

Em meio a tantos ataques, nos sentimos compelidos a publicar este manifesto em defesa, não só da UEPB, mas do ensino público, gratuito e de qualidade, para garantir o acesso democrático ao ensino superior.

É necessário defender:

  • A sua autonomia acadêmica – para que se haja a liberdade de expressão, pesquisa e livre pensamento dentro dos espaços universitários;
  • A sua autonomia financeira – para que as universidades possam gerir seus recursos da melhor forma possível;
  • o não-corte e a ampliação do orçamento para a pesquisa – para que se possa investir em inovação tecnológica e conhecimento científico;
  • o cumprimento da Lei nº 7.643 - que rege a autonomia e o orçamento da UEPB;
  • a valorização do servidor público – para que ele continue incentivado a prestar os melhores serviços com qualificação profissional.

Portanto, o SINTESPB/UEPB exige que se respalde a importância das universidades públicas no combate ao COVID-19, principalmente quando diversas instituições estão produzindo equipamentos e acessórios que sirvam no enfrentamento efetivo a esta pandemia. O Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde (NUTES) da UEPB, por exemplo, desenvolveu respiradores de baixo custo além estar desenvolvendo Equipamentos de Proteção Individual e distribuindo para a rede pública de saúde. As instituições só não colaboraram com mais, pois desde 2016 estão tendo reduzidos, por parte dos governos, os investimentos na área de pesquisa e desenvolvimento tecnológicos.

É preciso entender a importância destas instituições em nossa sociedade, sempre contribuindo para a formação de ótimos profissionais, cidadãos críticos e conhecimentos que ajudam o nosso planeta em todas as esferas. Por isso, que ela deva ser acessível a todos, de forma gratuita e com qualidade. Viva as instituições de ensino público superior de nosso país!

Campina Grande 07 de Maio de 2020

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