O reitor Rangel Júnior fez hoje, 30/08, um pronunciamento através da TV UEPB na internet falando a respeito da implantação do ponto eletrônico. Os pontos principais na fala do Reitor foram sobre a modernização do serviço público e o respeito ao erário público. Pois bem Reitor, quando falamos em modernização do serviço público não podemos nos restringir a utilização de equipamentos modernos.
Quando falamos em modernizar o serviço público devemos falar em mudança de postura e respostas que devemos dar à sociedade. Postura essa que passa pela organização e visão do gestor sobre os serviços oferecidos e sobre a gestão de pessoas. A UEPB está ultrapassada sim, mas não em equipamentos. Ela está ultrapassada em sua forma de organização e gestão.
A Universidade carece de uma reforma que há tempos foi pronunciada, mas foi enterrada nos calabouços do tempo. Tal reforma traria a Universidade para a tão divulgada modernidade. A UEPB é burocrática em suas instâncias e ultrapassada nas suas organizações administrativas e acadêmicas. Concordamos com o Reitor neste sentido: é preciso trazer a instituição para a contemporaneidade.
No que se refere a gestão de pessoas, a administração ainda insiste em manter uma hierarquia entre docentes e técnicos administrativos, quando todos são servidores da UEPB, prestando os seus serviços a comunidade que através dos seus impostos pagam os salários de todos, não fazendo distinção de trabalho entre as categorias.
É preciso se modernizar neste aspecto. Implantar um ponto eletrônico para apenas uma categoria, passa a mensagem que apenas esta categoria deve ser fiscalizada. Os técnicos administrativos desta instituição não são contra a qualquer dispositivo de controle. Somos contra, no entanto, a essa diferenciação de categoria que demonstra uma visão ultrapassada de que uma é mais elevada hierarquicamente do que outra.
Os técnicos administrativos são partes importantes na engrenagem da instituição e, portanto, merecem respeito igual a qualquer outra categoria. Se é para implantar um sistema de controle de carga horária, que ela fosse implantada para todos, sem distinção. O Reitor no vídeo fala em um dispositivo para controle da frequência de professores que ninguém ouviu falar. Se há este dispositivo, por que ele não será implantado a partir do dia 02 de setembro como será implantado dos técnicos? Isto é o que inquieta os técnicos.
Outro ponto levantado pelo Reitor foi o respeito ao dinheiro público do contribuinte. Senhor Reitor, esta categoria tem respeito e responsabilidade com os recursos dos cofres públicos. Somos nós que desenvolvemos as atividades técnicas e administrativas sempre com presteza e eficiência. Somos nós que estamos sempre com um sorriso acolhedor para os usuários, mesmo que estamos a 5 anos sem nada de aumento no nosso salário; onde as nossas progressões funcionais, direito este que nos pertence, nos foi usurpados; que não temos o direito sequer de debater sobre as nossas carreiras e formas de trabalho que poderiam trazer uma melhor qualidade de vida para nós. Mesmo cansados, desmotivados, humilhados, desenvolvemos nossas atividades para os que usam os serviços da Universidade.
Precisamos ter um outro olhar para a UEPB e para os técnicos administrativos para que de fato possamos adentrar nos parâmetros da modernidade. Não é colocar um dedo em um aparelho eletrônico que irá dizer que a UEPB se modernizou. O SINTESPB/UEPB, enquanto representante dos servidores técnicos administrativos, exige respeito com a categoria e que tratem de forma isonômica todas as categorias da instituição.
Seja o primeiro a comentar