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O SINTESPB/UEPB repudia todo e qualquer ato que tente censurar ou amordaçar as opiniões dos indivíduos ou das entidades de classes. Vivemos em uma sociedade democrática onde a diversidade de opiniões deve ser festejada e não rechaçada. Portanto, não há nenhum motivo alegado para que patrulhas ideológicas busquem aprisionar os posicionamentos teóricos das pessoas. Na manhã desta quinta-feira, dia 25, dois fatos aconteceram na cidade de Campina Grande. Um deles ocorreu em sala de aula na Universidade Estadual da Paraíba, onde uma professora estava dando aula quando foi abordada por dois homens se identificando como fiscais do TER, os quais solicitaram da professora a apresentação do conteúdo que estava sendo abordado em sala de aula. O conteúdo dado na aula naquele instante era uma discussão sobre racismo através do filme “Preciosa”. A professora foi requerida a dar explicações sobre o conteúdo de sua aula. Outra ocorrência foi a invasão de outros fiscais a Associação de Docentes da Universidade Federal de Campina Grande – ADUFCG. Os fiscais procuram materiais distribuídos pela Associação, os quais falam sobre democratização. A alegação deles foi que este material se configurava como propaganda eleitoral. Nas duas situações é inadmissível tal conduta desses fiscais. Em relação a sala de aula, o conteúdo abordado e os direcionamentos das discussões são realizados pelo professor que é a autoridade máxima dentro da sala de aula. Quanto a Associação dos docentes da UFCG, a entidade de classe tem o dever de discutir sobre democracia e, sobretudo, advertir sobre candidatos que pregam pelo fim do serviço público e, por conseguinte, do servidor público como processo natural de preservação das categorias que aí sejam representadas. Estamos sobre o estado democrático de direitos e não podemos permitir que ações como estas tente tirar dos indivíduos as suas capacidades de decidirem e discutirem sobre quaisquer temáticas. É preciso dar enfrentamento a estas questões afloradas para podermos gozar de um futuro onde as opiniões diversas sejam respeitadas.
SINTESPB/UEPB
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