Na manhã de hoje, dia 19/09, o SINTESPB/UEPB, a FASUBRA e a reitoria reuniram-se para dar continuidade ao processo de negociação para responder as demandas apresentadas pelos servidores técnicos administrativos em greve há 51 dias. A reunião começou com a apresentação do presidente do SINTESPB/UEPB, Fernando Borges, fazendo um resumo das discussões com os diretores de centro.
Resumo das reuniões com os diretores de Centro
Dos 12 centros que há na UEPB, o SINTESPB/UEPB reuniu-se com 7 (Campus I /Campina Grande CCBS, CCT, CCSA, CEDUC e CCJ; Campus VI/Monteiro – CCHE e Campus VII/Patos - CCEA). As reuniões tiveram como objetivo avaliar juntamente com os diretores de centro a viabilidade da continuidade do horário contínuo. Em todas as reuniões, mesmo mostrando as dificuldades do horário ininterrupto, eles se mostraram favoráveis a continuidade dos turnos contínuos, desde que realizados alguns ajustes. Uma das maiores queixas dos diretores é que há um desequilíbrio da distribuição dos servidores nos departamentos e laboratórios. Segundo eles, há alguns setores que dispõem de mais servidores do que necessitam e outros setores que há a necessidade de ter mais técnicos. Outra questão levantada pelos diretores foi a concentração do número de servidores trabalhando em um único turno. De acordo com esses relatos, a grande maioria dos servidores decidiu pelo turno da manhã e não deram chance de negociação com os diretores, deixando assim, horários descobertos. Nas reuniões, foram retirados alguns encaminhamentos:
- Redistribuição dos servidores nos setores e horários;
- Convocação dos servidores que estão disponibilizados para outros órgãos;
- Unificação de secretarias de cursos;
- Flexibilização do ponto eletrônico.
Após a explanação, Fernando Borges propôs que a partir das reuniões com a direção de centro ficou comprovado a viabilidade dos turnos contínuos. Por isso, a proposta do SINTESPB/UEPB é a revogação do art. 4º da Portaria nº 667/2018, a qual trata do horário ininterrupto.
A Coordenadora da FASUBRA para assunto das universidades estaduais, Fernanda Fortini, falou que na última plenária da entidade realizada na última semana, foi aprovada uma moção em solidariedade a greve da UEPB e repúdio ao governo do estado em não cumprir com os repasses orçamentários. Fernanda ainda lembrou que os ataques aos direitos dos trabalhadores servidores públicos estão a todo vapor e somente com uma grande mobilização é que esses avanços de retiradas de direitos serão barrados. A coordenadora explicou os benefícios do horário contínuo tanto para os servidores quanto para os usuários dos serviços da Universidade.
Por sua vez, a reitoria afirmou que não tem como revogar o artigo citado da portaria, pois a conjuntura atual não permite. Para isso, iria elaborar uma proposta que contemplasse tanto as demandas dos servidores quanto as demandas administrativas da instituição. A proposta será encaminhada até esta sexta-feira, dia 21/09, através de documento endereçado ao SINTESPB/UEPB.
Não houve uma proposta concreta por parte da reitoria. O reitor explanou as dificuldades que passa a Universidade relatando os motivos da impossibilidade da continuação do horário contínuo. Diante dessa postura, o SINTESPB/UEPB manteve a proposta da categoria da manutenção do turno ininterrupto. O Sindicato irá aguardar até sexta a proposta da reitoria para assim convocar o quanto antes uma assembleia ordinária para discutir a proposta encaminhada e retirar alguns encaminhamentos da greve.
O SINTESPB/UEPB afirma que tem buscado todas as formas de diálogo com as mais diversas instâncias da Universidade para se chegar a uma proposta que atenda as demandas da categoria e solicita a união neste momento de negociação. O que ficou claro é que a reitoria não tem uma justificativa plausível para a retirada do horário contínuo. Nenhum órgão de controle externo questionou sobre o horário e nem a reitoria fez um estudo para saber qual o impacto de fato dos servidores trabalharem os dois expedientes. A proposta é que a categoria volte a se mobilizar para demonstrar que estamos unidos e fortes contra qualquer ato que possa retirar as nossas conquistas.
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