OS TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS DA UEPB E A GREVE

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Os servidores técnicos administrativos decidiram aprovar o início de uma greve para a próxima segunda-feira, dia 30/07. A categoria definiu a data com mais de um mês de antecedência para que houvesse tempo hábil para as negociações. No entanto, não houve nem por parte do governo estadual e nem pela reitoria uma sinalização de negociação.

Cronologia de tentativas de negociação com a reitoria

Pauta: Revogação da Portatia nº 667/2018

No dia 18 de junho no início da noite, a reitoria pública a portaria nº 0667/20018, chamada de portaria do demônio. Nesta portaria, dentre outras medidas tomadas pela reitoria que prejudica toda a comunidade acadêmica, revogou-se a portaria nº 109/2017, a qual estabelecia o horário contínuo para os técnicos administrativos.

Através das redes sociais, os técnicos administrativos se mobilizaram e marcaram atividades de mobilização já para o dia seguinte. Umas das maiores mobilizações da categoria foi realizada. Neste mesmo dia, 19/06, os técnicos foram atrás do reitor que estava dando uma coletiva para a imprensa sobre a portaria do demônio no Museu Assis Chateaubriand no bairro do Catolé.

Lá, o reitor conversou com a categoria e alegou que suspenderia o efeito da portaria até o final do mês de junho e marcou uma reunião com a categoria para o dia 21/06.

No dia 20/06, outra mobilização grande da categoria ocorreu. Foram fechados os portões do prédio da reitoria.

No dia 21/06 mais outra mobilização em frente a reitoria. Nesse mesmo dia, uma comissão de técnicos em conjunto com o SINTESPB/UEPB reuniu-se com o reitor, o vice-reitor e a pró-reitora de gestão de pessoas. Foi definido que se tiraria um grupo de trabalho para um estudo da viabilidade da manutenção do horário contínuo. Neste mesmo dia, a reitoria encaminhou o ofício nº 210/2018 que fala sobre a criação do GT negociado na reunião.

No dia 22/06, o SINTESPB/UEPB envia os quatro nomes de técnicos para composição do GT. Depois de uma semana, o SINTESPB/UEPB volta a questionar a reitoria sobre o GT e nenhuma resposta foi dada. Em contato com o presidente do SINTESPB/UEPB, o reitor sugere que o número de representantes dos técnicos sejam de apenas dois nomes.

Dessa forma, o SINTESPB/UEPB enviou outro documento informando os dois nomes dos representantes dos técnicos. Na mobilização realizada no dia 11/07 ainda esperávamos alguma sinalização da reitoria e nada foi dito. Nesta mesma semana, o presidente do sindicato, Fernando Borges, sentou com o reitor, o qual lhe informou que sentaria com a PROGEP para analisar a situação. Mas até o momento, desde essa referida reunião que a reitoria não retornou sobre o diálogo com a PROGEP.

No total foram feitas quatro atividades de mobilização: dia 04/07, 11/04, 18/07 e 25/07. Dessas, duas atividades sociais foram realizadas com arrecadação de alimentos e agasalhos, os quais foram doados para o Instituto São Vicente de Paulo.

Portanto, foram mais de um mês buscando diálogo com a reitoria, a qual não sugeriu nenhum diálogo a respeito do horário contínuo. O SINTESPB/UEPB sempre preza pelo diálogo antes de tomar qualquer atitude mais drástica, compreendendo que no processo de negociação pode ser mais lento do que se espera. No entanto, foram mais de um mês onde a reitoria não fez sequer uma proposição; sequer cumpriu o acordo feito na reunião com a categoria que foi a criação do GT.

A greve vai se iniciar, não por falta de busca de diálogo do SINTESPB/UEPB e da categoria com a reitoria, mas vai se iniciar justamente pela insistência da reitoria em não negociar.

Cronologia de tentativa de negociação com o governo do estado

Pauta: Data-base, desbloqueio das progressões e orçamento para 2019.

Em setembro quando foi definido o desbloqueio das progressões de 2015, 2016 e 2017, o governo do estado informou que a partir de dezembro do mesmo ano chamaria para negociação as categorias dos técnicos, dos docentes e da administração central da UEPB para discutir o orçamento para o ano de 2018.

No entanto, mesmo depois de ofícios enviados por parte do SINTESPB/UEPB e da ADUEPB solicitando audiência com o governo, não houve resposta para uma possível reunião. Ainda em janeiro, as duas categorias supracitadas foi a João Pessoa marcar pessoalmente uma audiência sem resultado. Ao longo do ano, reiteradas vezes buscou-se canais para que a audiência fosse marcada e nenhuma resposta foi dada.

Novamente aqui, não houve nenhuma sinalização para uma negociação. O SINTESPB/UEPB ainda continua buscando alternativas para criar este canal de negociação com o governo.

Há duas frentes de embates que não podem ser deixadas de lado: uma é a reitoria que retirou uma conquista através de negociação com o próprio reitor sobre o horário contínuo; outra é contra o governo do estado que a cada ano vem limitando o orçamento da UEPB o que dificulta o cumprimento da data-base e do desbloqueio das progressões.

O SINTESPB/UEPB reforça que está do lado do trabalhador, especificamente dos servidores técnicos da UEPB que vem há quatro anos sem reposição salarial, com as progressões congeladas, impedidos de se capacitarem e agora a retirada do trabalho em horário contínuo. No entanto, convoca a todos os servidores para continuar unidos e acampar esta luta que não será fácil, mas que temos esperança que tenha um resultado positivo para a categoria.

Vamos à luta!

SINTESPB/UEPB

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