Impeachment e avanço de políticas restritivas aos trabalhadores

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O processo de impedimento da Presidenta Dilma Roussef, em curso, evidencia ainda mais as dificuldades a serem enfrentadas num novo cenário, já que caso o vice-presidente, Michel Temer, assuma o governo deverá aumentar ainda mais a politica de ataques aos trabalhadores, praticada pelo atual governo. Haverá realmente o que temer com a proposta da “Agenda Brasil”, formulada pelo PMDB, intitulada “Uma ponte para o futuro”.

Com o pretexto de conter a crise econômica, esta agenda potencializa o viés neoliberal e privatista atual, propõe o aprofundamento da terceirização; o aumento da idade mínima para aposentadoria; a desvinculação das despesas com políticas e programas sociais; a redução da proteção ambiental; a alteração na forma de reajuste do salário mínimo; a privatização de importantes estatais; a redução de recursos e investimentos nas áreas da saúde e educação etc. Neste pacote, está prevista, ainda, uma ampla reforma da previdência e a flexibilização das leis do trabalho (CLT), o que poderá trazer perdas históricas para a classe trabalhadora.

O ano de 2016, desde o seu início, está marcado pelo enfrentamento às ameaças aos direitos dos trabalhadores e, principalmente, pela instabilidade nacional provocada por um possível impeachment. Entretanto, o que se tem visto é que os trabalhadores organizados, não fugindo à tradição de luta e resistência, por meio de sindicatos, centrais, coletivos, movimentos sociais organizados, partidos políticos, entidades da sociedade civil, nacional e internacionalmente tem participado de intensas manifestações, visando se contrapor às ameaças ao regime democrático e ao mesmo tempo reafirmando a necessidade de lutar contra todas as perdas decorrentes da política neoliberal de governo e da crise política instalada no Brasil.

Não vamos pagar a conta da crise! Não à perda de direitos! Não a qualquer tipo de ataque!

Fonte: http://www.fasubra.org.br/20160315111331

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