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O Comando de Greve dos Técnicos-Administrativos da UEPB vem por meio desta manifestar seu repúdio às reiteradas distorções que são publicadas na página virtual da Universidade referentes às discussões da Categoria com a Administração Central no tocante as negociações salariais ora reivindicadas.
Na oportunidade faz-se necessário esclarecer os fatos ocorridos na última terça-feira, 03 de abril, os quais foram relatados de forma maliciosa em matéria veiculada pelos portais da UEPB e do PARAÍBA ONLINE referente à audiência exigida pela Classe logo após o encerramento de sua assembleia.
OS FATOS:
Na manhã dessa terça (03), técnicos da UEPB, estiveram reunidos em assembleia com a presença de representantes da FASUBRA e da diretoria executiva estadual do SINTESPB para darem novos encaminhamentos ao movimento grevista. Dentre os encaminhamentos, a categoria decidiu dirigir-se ao gabinete da reitoria e exigir audiência imediata com a Reitora Marlene Alves.
Às 16h49min, do mesmo dia, a Administração da Universidade fez publicar em sua página, matéria com inverdades quanto ao que fora discutido na audiência supracitada, como: “vieram reivindicar da Administração Central o cumprimento da Data-Base da categoria com aumento de 11,34% retroativo a janeiro de 2012” e “os grevistas sugeriram que a Reitoria tomasse decisões drásticas, como suspender a nomeação dos servidores técnicos concursados, paralisar as obras em execução e até mesmo fechar o Campus de Araruna, como forma de cortar despesas e reverter os recursos em aumento de salários para a categoria”.
A afirmação de que a categoria reivindica aumento de 11,34% é equivocada. Em dezembro de 2011 uma comissão de negociação foi formada e elaborou uma pauta de reivindicações a qual fora apresentada a Administração da Instituição e até a presente data esta não emitiu resposta à categoria, demonstrando sua total falta de respeito com estes que tanto contribuem para o crescimento da instituição. Dentre as reivindicações estão a reposição salarial equivalente a 18,31% referente às perdas salariais desde janeiro de 2008, regularização dos adicionais de insalubridade, auxílio-alimentação e isonomia com a categoria docente no tocante ao tempo e percentuais das progressões funcionais.
Torna-se perigoso relatar uma exigência de suspensão de nomeação de técnicos concursados, de paralisação de obras e até de fechamento de um Campus para reverter os recursos em aumento de salários. A categoria questiona os atos da Administração que são contrários ao discurso de quebra de autonomia, entendendo que diante da crise financeira enfrentada não deveria haver qualquer tipo de nomeação, pois isso contribui ainda mais para a ampliação dos problemas. Dizer que a categoria idealizou a possibilidade de fechar um Campus para reverter investimentos em salários é no mínimo hipocrisia, uma vez que foi a própria reitora quem disse ter suspendido a abertura de licitação para ampliação daquele Campus, não tendo havido qualquer especulação por parte da categoria em fechá-lo.
Enfim, o Comando ressaltou que além da quebra da autonomia por parte do Governo do Estado, transformando o ano de 2012 em um ano atípico, motivo que deveria levar a reitoria a repensar o ritmo de crescimento da UEPB, no entanto, nada mudou. Todo o custeio, os investimentos iniciados e por se iniciar, as nomeações de Docentes, de comissionados e em breve de Técnicos Administrativos concursados, apesar da vigência dos concursos ir até 2016, tudo isso está tendo prioridade em detrimento do mísero reajuste salarial que a reitoria se nega a conceder.
Querer jogar a comunidade universitária e a sociedade contra nossa Categoria, utilizando-se deste artifício ignóbil será infrutífero, pois toda Universidade, inclusive Araruna, que ajudamos a conquistá-la e vamos mantê-la sempre, conhecem os nossos legítimos propósitos. Não é a primeira vez que as nossas colocações são deturpadas. Não iremos permitir que a mentira, apesar de repetida, apareça como verdade.
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