Comunidade acadêmica da UEPB realizou protesto na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (01)

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Estudantes, professores e técnico-administrativos da Universidade Estadual da Paraíba participaram de uma mobilização na Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (01), em favor da Autonomia Financeira da Instituição. Na oportunidade, foram iniciados os trabalhos legislativos de 2012 e estavam presentes deputados estaduais e diversos secretários e auxiliares do Governo Estadual. O governador Ricardo Coutinho não compareceu à sessão alegando motivo de saúde e foi representado pelo secretário chefe do Governo e deputado licenciado, Lindolfo Pires.


Após a leitura da mensagem do Executivo, Lindolfo Pires apresentou um balanço das ações do Governo do Estado em 2011 e as metas da gestão para este ano, não citando em nenhum momento a UEPB. A reitora Marlene Alves acompanhou a sessão e protestou contra a redução do valor do duodécimo devido à Instituição. “Esse instrumento é uma grande conquista nossa e nos encaminhamos para ser uma das melhores universidades do norte-nordeste, em parte, graças a essa Autonomia Financeira. Não vamos renunciar a ela. A UEPB tem uma característica muito forte, que é a de não se deixar abater com as dificuldades. O homem só exerce o poder se tiver o consentimento do povo e o nosso povo não aceitará essa situação”, afirmou a professora Marlene.

A reitora aproveitou o ensejo para apresentar os inúmeros avanços alcançados pela UEPB ao longo dos últimos anos. “Nós ganhamos o Prêmio Jabuti, o mais tradicional prêmio do livro do País. Temos alunos envolvidos com bolsas de apoio acadêmico e social nos diversos projetos e programas de pesquisa e extensão que a UEPB apoia. Assumimos há um ano a Escola Estadual de Ensino Médio José Lins do Rêgo, com menos de 600 alunos e hoje trabalhamos com mais de mil alunos, ofertando educação de qualidade. Um grande número de conquistas pode ser atribuído a nossa Autonomia Financeira”, explicou.

Sobre um possível atrito entre o Governo Estadual e a Reitoria, Marlene Alves esclareceu que esse tipo de questionamento rebaixa o nível do debate, que vai além dessas questões. “Não temos problema nenhum com o governador até agora, inclusive, quando fomos chamados ao diálogo e nos pediram compreensão, soubemos aguardar que as finanças do Estado fossem normalizadas, porém, não podemos aceitar tal decisão, e eu, enquanto representante dessa Universidade que ajudei a construir, tenho de lutar pelos nossos direitos”, declarou. 

A comunidade acadêmica da UEPB também interditou parcialmente o trânsito próximo à Praça João Pessoa por alguns minutos, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o debate. Estão previstas mobilizações futuras com o envolvimento de todas as categorias que compõem a Instituição.

Fonte: Ascom /UEPB

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